(1707-1778), ou Carlos Lineu, em português.Lineu introduziu a nomenclatura binominaldas plantas: o primeiro nome indica o gênero
e o segundo a espécie. Autor de mais desetenta livros e trezentos artigos científicos,
o sueco era também zoólogo e médico.
Com a teoria da evolução por seleção natural,de Charles Darwin (1809-1882), os estudosbotânicos tiveram uma nova abordagem:foram introduzidos os conceitos de genética.
Na Europa, depois dos escritos de Teofrasto
a botânica não recebeu contribuiçõessignificativas. Enquanto sua produção deconhecimento sofria com a Idade Média, naChina, na Índia e na Arábia as pesquisasbotânicas eram amplas, com estudos na áreamedicinal, econômica e ornamental.
A partir do século XV a botânica volta a terespaço na Europa. Muitos estudiosospesquisaram as plantas e por vezes são atécitados como patriarcas da botânica como
Otto Brunfels, Leonhart Fuchs, JoachimJungius, John Ray, entre vários outros.
Em suas obras Teofrasto introduziu conceitosimportantes como a periodicidade das plantase as classificou em quatro grupos, de acordocom suas características visuais (árvores,arbustos, sub-arbustos e herbáceas).
Além disso, ele percebeu os diferentes
tipos de reprodução das plantas.Este importante filósofo e botânico grego criouuma grande lista de plantas medicinais.
Com os romanos o estudo das plantas é
focado na agricultura. Dioscórides (40-90 d.C)
e Plínio, o Velho (23-79 d.C.) são os maisconhecidos pesquisadores botânicos da época.
Oriundos da China, Índia, Egito eMesopotâmia, estes escritos não eramproduzidos por agricultores (pessoas
não letradas), mas sim por médicos,
sacerdotes, magos, xamãs e boticários.
Alguns destes registros são
simultâneos aos realizados na Grécia.
Foi um discípulo de Aristóteles chamadoTeofrasto (370-285 a.C.) quem publicou duasimportantes obras sobre botânica e ficouconhecido como o paidesta ciência.
Os registros sobre plantas aparecem assim
que o homem desenvolve a capacidade detransmitir conhecimentos de forma escrita
já que, como disse o importante botânicoWilliam Thomas Stearn, "as plantas cultivadaseram a herança mais vital e preciosa dahumanidade desde a antiguidade remota".
Porém os primeiros escritos pré-científicossobre plantas (proto-botânica), não falamsobre os alimentos cultivados,
mas sobre plantas medicinais.
Quando as plantas começaram a serestudadas, os seres vivos eram divididos
em apenas dois reinos: animal e vegetal.
A botânica pura (estudava apenas o aspectocientífico) aproximava-se mais da biologia.
Já a botânica aplicada (relação das plantas
com o homem) era relacionada
com a medicina e agronomia.
Os primeiros estudos sobre botânica
têm abordagem aplicada.
Vários botânicos desenvolveram diferentessistemas de subdivisão do Reino Plantae,inclusive Adolf Engler (1844-1930), botânicoalemão criador do Sistema de Engler, queserviu de inspiração para vários botânicos.
Os séculos XIX e XX foram muito produtivospara as pesquisas botânicas, que passam acontar com ferramentas capazes de contribuirmais para as descobertas. Em 1969
Robert Whittaker (1920-1980) propôs aclassificação dos seres vivos em cinco reinos:
Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
Esta classificação é usada até hoje.
História da Botânica
Além disso, surgiram conceitos como os deecologia, geobotânica e citogenética queimpulsionaram o desenvolvimento daspesquisas em botânica.
Além disso, surgiram conceitos como os deecologia, geobotânica e citogenética queimpulsionaram o desenvolvimento daspesquisas em botânica.
Com o avanço da ciência, as bactérias, as algas e os fungos
têm hoje áreas de estudo dedicadas somente a eles.
As bactérias são estudadas em bacteriologia (um ramo da microbiologia),
as algas são estudadas em ficologia e os fungos em micologia.
Mas eles são também estudados em botânica, de forma não aprofundada.
Líquens são organismos formados pela união de fungos e algas.
Atualmente os botânicos preferem chamar de fungos liquenizados.
Possuem capacidade de adaptação aos mais diversos ambientes, sendo osprimeiros a surgir em ambientes inóspitos. Podem aparecer em rochas,
caules de árvores e sobre folhas ou o solo. Alguns tipos de líquens são usados
na produção de corantes ou servem de alimento para certos animais.
Outros podem indicar a quantidade de poluição no ambiente.
Não são consideradas plantas porque não possuem tecidos ou órgãos ordenados.Há dois tipos de algas: as procariontes (células sem membrana nuclear)
e as eucariontes (células com membrana nuclear).
As algas procariontes (cianobacterias) fazem parte do Reino Monera.
As eucariontes pertencem ao Reino Protista.
São muito importantes na produção de oxigênio, podem servir como alimento
ou refúgio para animais aquáticos. Algumas são usadas também na culinária,
outras na produção de remédios ou cosméticos.
Os fungos não fazem fotossíntese. São os cogumelos, as leveduras
e os bolores (mofos). As leveduras servem para fazer cerveja e pão,
o bolor é usado para produzir queijo (gorgonzola) e medicamentos (penicilina)
e alguns cogumelos são comestíveis (champignon), outros venenosos.
Os fungos atuam também na decomposição de matéria orgânica.
As infecções que eles causam são chamadas micoses e podem atingir a pele,mucosa, couro cabeludo e unhas. O fungos também podem atacar vegetais.
Compõem o Reino Fungi.
São os seres mais primitivos, compostos por apenas uma célula sem membrananuclear. As bactérias sobrevivem em todos os tipos de ambiente,
são os seres mais abundantes da terra e há muitas no organismo humano.
Atuam em processos de decomposição, fermentação (iogurte),
produção de antibióticos, entre outros.
As bactérias são organismos necessários, mas que podem ser prejudiciais,responsáveis por inúmerasdoenças (tuberculose, meningite, coqueluche...).Compõe o Reino Monera.
Agora vamos ver o que a Botânica estuda além do Reino Plantae!